sexta-feira, 19 de abril de 2013

Ataque à igreja deixa sete cristãos mortos na República Centro-Africana


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Relatos de testemunhas e da mídia local afirmam que armas de fogo pequenas – e pesadas – irromperam pela região de Boy-Rabe, área considerada de apoio ao presidente deposto. O número de mortes ainda é incerto; segundo a Cruz Vermelha local, varia de 13 a mais de 20 pessoas assassinadas

''Duas granadas pousaram sobre o templo da igreja e uma terceira caiu no pátio da congregação", disse o líder cristão Mbaye-Bondoi à World Watch Monitor, agência de notícias da Portas Abertas, em uma entrevista por telefone.

"Dentre os feridos, muitos são crianças! Elas foram transferidas ao hospital pediátrico para tratamentos", contou Mbaye-Bondoi. Diversas reportagens independentes afirmaram que os confrontos que tiveram início no sábado, aconteceram após membros das forças rebeldes do Seleka (grupo extremista) começarem uma varredura pelos comércios e casas de Bangui à procura de mais armamento.

Muitos grupos rebeldes, descontentes com o governo Bozizé, uniram forças em dezembro, sob a bandeira Seleka e, dentro de poucas semanas, assumiram o controle de grande parte do país (norte, nordeste e regiões centrais).

Desde que membros do Seleka tomaram o poder em Bangui, em 24 de março desse ano, o roubo e a hostilidade contra os civis continua, apesar de algumas tentativas das autoridades locais para restaurar a ordem. "Nossa segurança não está garantida. Enquanto combatentes permanecerem na cidade, a insegurança persistirá", lamentou Mbaye-Bondoi, de um local não revelado, onde está recebendo cuidados.

Segundo uma reportagem da BBC, a insegurança é amplificada por conta de um grande número de armas que circula na cidade. Além disso, os moradores locais, principalmente os jovens, estão exasperados com as circunstâncias as quais estão submetidos, fomentando mais tensão e desordem.

Pessoas feridas durante a violência desse fim de semana foram admitidas no hospital comunitário de Bangui. Algumas, porém, esperam deitadas no chão, como observou o repórter de uma estação de rádio privada, Ndeke-Luka, em uma visita ao centro da cidade.
Os incidentes recentes ocorreram um dia depois do líder rebelde Michel Djotodia ser eleito presidente interino do Conselho Nacional de Transição, um parlamento formado por 105 membros. Djotodia prometeu não concorrer nas eleições presidenciais de 2016.

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FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoAna Luíza Vastag

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