sábado, 18 de maio de 2013

Evangélica assassinada em Caruaru: Mídia ignora intolerância religiosa. Se fosse um gay morto...



A grande imprensa brasileira e consequentemente a mídia mundial ignorou um crime bárbaro acontecido na última terça-feira (14) na cidade de Caruaru, agreste de Pernambuco. Um pedreiro invadiu uma igreja evangélica e saiu atirando para todo lado. Atingiu quatro pessoas, e uma delas (na foto) morreu na hora. O motivo? Ele não admitia que seus três filhos fosses evangélicos. Não houve nenhum destaque, os grandes sites de notícias, os mais importantes canais de televisão, os jornais impressos, ninguém ficou chocado com a atitude macabra do cruel assassino.

Se fosse um pai que não aceitasse a decisão de seu filho de tornar-se um gay e resolvesse matá-lo? Como reagiria a imprensa? O que diriam os defensores dos direitos humanos? Com certeza as manchetes seriam dominadas por expressões indignadas. Possivelmente políticos, representantes dos poderes judiciário e executivo estariam com as atenções voltadas para Caruaru.

Mas, foi "apenas" uma evangélica que perdeu a vida. Foi "apenas" um homem chateado pelo fato de seus filhos terem se tornado protestantes, crentes ou evangélicos.

A mesma sociedade que não aceita qualquer tipo de vestígio de prática homofóbica, absorve com naturalidade atos evangelicofóbicos. É uma realidade brasileira. Desde quando o Brasil é Brasil, evangélicos são perseguidos, maltratados e discriminados, em muitos casos patrocinados pela religião ainda predominante no país. Infelizmente, os seguidores desta religião foram bastante orientados para menosprezar os que se tornavam "bíblias", "bodes" ou "protestantes". Hoje, mesmo com este ensinamento praticamente não sendo mais dado oficialmente, ainda há muito ódio contra os evangélicos por todo o Brasil. O crime de Caruaru não é um ato isolado.

Quando algum gay é atacado, mesmo que não seja por conta da sua opção sexual, logo os ativistas de plantão erguem a voz revoltados com mais um ato "homofóbico". Quando um evangélico é atingido por causa de sua fé, no entanto, há uma frieza quanto a questão, e praticamente nada acontece. Alías, dá-se um destaque especial, se um evangélico for suspeito da prática de algum crime.

Outro exemplo do caráter diferenciado dado aos evangélicos é quando há alguém professando a fé evangélica em uma das novelas globais, via de regra o papel é de um mal evangélico, já quando há personagens gays, eles costumam ocupar as posições de destaque na trama. E isso não é por acaso.

Há inclusive no parlamento brasileiro Projetos de Lei que tem como objetivo criminalizar a chamada "homofobia", inclusive em situações que tratar-se-iam apenas de se emitir uma opinião, ou discordância da prática gay. Enquanto isso, não há nenhum Projeto de Lei tramitando no Congresso Nacional que trate de evangelicofobia.

Chega de uma imprensa e de um poder público tão tendencioso pró gays e anti-evangélicos. Se estamos num país democrático, todos precisam ser tratados iguais perante a lei. Quando Vicente, o assassino de Caruaru, for preso que ele seja tratado com todo o rigor da lei. Não é possível admitir tamanho ato de intolerância religiosa sem uma atitude firme do governo e da justiça brasileira.

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