Já faz algum tempo que a Missão Integral vem cambaleando, mas seus arautos insististiam em dizer que estava tudo bem.
Quando líderes do movimento se uniram para escrever um documento de apoio à Dilma Rousseff, e as lideranças evangélicas ortodoxas acusaram o movimento de ter se tornado uma plataforma politica da esquerda, eles disseram que o movimento era “apartidário”. Embora a agenda da esquerda figurasse entre suas propostas uma e outra vez, quando acusados de marxistas, eles negavam. “Apenas sinalizamos o Reino”, diziam.
Mas a mentira não dura para sempre, principalmente quando se trata de uma mentira tão esdrúxula e mal disfarçada. E ontem a máscara do movimento Missão na Íntegra (daqui pra frente, MI), principal braço e voz da missão integral no Brasil, caiu de vez.
Tudo começou com Ariovaldo Ramos (sempre ele!) que usou seu facebook para solidarizar com a molecada lobotomizada que está invadindo escolas e que além de atrapalharem milhões de alunos e professores, também estão “embaçando” a vida de quem precisa fazer a prova do Enem. Pouco depois, o post apareceu na fanpage do MI, porém após algumas críticas, foi apagado. Mais tarde, o mesmo post reapareceu na página, seguido por uma chuva de comentários discordantes, mas estes eram rapidamente removidos e os comentaristas bloqueados.
Se algum dia houve alguma dúvida quanto às intenções do movimento, hoje não existem mais. Aquilo que antes estava implicito e era por eles negado, hoje é explicito como mostra a declaração de
Diante do ocorrido, alguns pastores usaram a internet para manifestar sua rejeição à militancia vermelha travestida de gospel.
O pastor Renato Vargens, da Igreja Cristã da Aliança, escreveu em sua fanpage: “Este post do Missão na Integra deixa claro e notório que a ideologia politica de alguns pastores envolvidos com a Teologia da Missão Integral é de viés marxista. Uma pena perceber que para alguns pastores a visão politica tornou-se maior que a própria missão. Apoiar a invasão as escolas além de absurda põe em xeque seus articuladores, revelando ao povo evangélico que por trás do discurso a favor do pobre, o que existe é uma ideologia política de cunho e viés marxista. Lamentável!”.
O gaúcho Jackson Jaques, pastor da igreja V180 também lamentou a postura do grupo, especialmente do mentor do movimento: “O Ariovaldo Ramos termina o seu ministério da mesma forma que os pastores neopentecostais, querendo voto de cajado, só que agora para a esquerda. Isso nos ensina que devemos cuidar, pois é perigoso que venhamos a nos tornar naquilo que tanto combatemos. Que Deus tenha misericórdia de nós”.
O pastor Léo Gonçalves, da igreja Cristã da Aliança e editor do site Púlpito Cristão, escreveu em sua timeline: “Missão na Íntegra resolveu tirar a máscara e mostrar a verdadeira face. Aquilo ali não é missão, nem sequer “em parte”, e muito menos “na íntegra”. Sempre foi um movimento político. Só não viu quem não quis ver.”
A missionária Braulia Ribeiro dirigiu sua crítica a Ariovaldo Ramos, grande líder do movimento, em um texto publicado em seu blog. Diante da chamado à insurreição de Ariovaldo, que pregava a “ocupação do Brasil”, a missionária reagiu:
“Ocupar o que e pra que, eu te pergunto, Pr. Ari? Vou ocupar a escolinha de ensino primário de meu filho no bairro de periferia onde moro, impedindo meu filho e os filhos de meus vizinhos de comparecerem à aula, impedindo os professores e trabalhadores que tenham seu ganho como o seu trabalho honesto, só porque você em sua ideologia de resistência a este governo legítimo e democrático acha que devo?”
O compromisso da MI não é apenas com a esquerda ideológica, mas também com a ala mais corrupta dela, tanto assim que jamais apoiaram as investigações da Lava Jato, ou o combate da corrupção em si. É no mínimo contraditório que um grupo que diz ser a favor da Justiça, prefira se alinhar com os saqueadores da nação e se oponham tão ferozmente às investigações e prisões que tiveram como protagonista o juiz Moro e a Polícia Federal.
De fato, a TMI no Brasil é um navio que está afundando, e aqueles que não abandonarem esse barco afundarão seus ministérios em nome de uma verborragia política que não tem nada de teologia e nem de missão, e que agora, com as portas das igrejas fechadas a eles, tem se dedicado a fazer proselitismo entre os jovens estudantes burgueses, que aliás são os maiores defensores dessa babel epistemologica (sim, porque comunismo no Brasil é coisa de elite).
Redação CCNews
Imagem: Facebook
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