Seis meses após o ataque, muitas igrejas ainda nem começaram a reconstrução
Seis meses após o atentado terrorista ao
jornal satírico francês, Charlie Hebdo, em Paris, os cristãos ainda
sentem o peso das consequências em vários países onde a religião
islâmica predomina, enfrentando os piores ataques da história. No Níger,
em janeiro, centenas de muçulmanos atacaram e saquearam propriedades e
igrejas, gritando "Allahu Akbar" ("Alá é o maior").
Dez pessoas morreram, mais de 70 igrejas
foram destruídas, incluindo escolas, organizações cristãs e até um
orfanato. Cerca de 30 casas de cristãos também foram saqueadas e
incendiadas. O trabalho de reconstrução ainda é lento e bastante caro.
As igrejas e propriedades que foram mais danificadas ainda nem foram
reconstruídas, e o apoio financeiro prometido pelo Estado ainda não
chegou.
No coração da capital, Niamey, a igreja
Batista "Roundabout", que foi fundada em 1929, e que era o símbolo da
presença de cristãos protestantes no Níger, agora tem seu telhado
desabado, sua fachada e paredes enegrecidas pelas chamas e um aspecto
total de desolação. Uma igreja que já recebeu gerações de todas as
origens geográficas e sociais, estudantes, diplomatas e empresários,
expatriados e nigerianos.
Infelizmente, a Roundabout foi um dos
primeiros alvos dos manifestantes que alegaram sentir raiva do
presidente do Níger, Mahamadou Issoufou, e outros cinco chefes de
Estados africanos, simplesmente porque eles deram um suporte à revista
considerada antirreligiosa, logo após o ataque sofrido pelos radicais
islâmicos. A igreja tornou-se uma fonte de curiosidade para os
transeuntes e um esconderijo para os desocupados. Infelizmente, as
finanças atuais da igreja não permitem nem o início da reconstrução.
Fonte:Portas Abertas Internacional
Via: Portas Abertas Brasil
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