quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O DECÁLOGO DO VOTO ÉTICO


Em 1994 a Associação Evangélica Brasileira ( AEB ) publicou um documento que trazia recomendações de como os crentes deveriam se comportar diante de uma urna eleitoral. O documento se chamava, O Decálogo do Voto Ético.
 O decálogo, ganhou grande repercussão na época, sendo veiculado desde quadros de aviso e boletins nas igrejas locais á revistas de circulação nacional.
Este decálogo tinha como fim, orientar o Cristão á exercer corretamente sua cidadania, mostrando que somos livres, para escolher nossos candidatos prediletos, condenando qualquer tipo de manipulação dentro das Igrejas.
Foi uma tentativa da associação de frear o conhecido “voto de cabresto” dentro das denominações.
Sabemos que não foi alcançado muito êxito na tentativa, uma vez que de lá para cá, cresceu tanto á prática do voto de cabresto, que até Igrejas que não praticavam esta politicagem, hoje estão envolvidas até o pescoço, em maracutaias políticas etc...
 Uma pena ver Igrejas que antes preferia não se envolver em pleitos eleitorais, agora usando seus Púlpitos para pedir votos, e na hora do culto, triste!!
 Resolvi colocar aqui para que os amados leitores possam conferir uma cópia do referido decálogo, que segue a diante confira:


                      O DECÁLOGO DO VOTO ÉTICO


1 – O voto é intransferível e inegociável. Com ele o cristão expressa sua consciência como cidadão. Por isso, o voto precisa refletir compreensão que o cristão de seu País,Estado e Município;

2 – O cristão não deve violar a sua consciência política. Ele não deve negar sua maneira de ver a realidade social, mesmo que um líder da igreja tente conduzir o voto da comunidade numa outra direção;

3 – Os pastores e líderes têm obrigação de orientar os fiéis sobre como votar ética e com discernimento. No entanto, devem evitar transformar o processo de elucidação política num projeto de manipulação e indução político partidário;

4 – Os líderes evangélicos devem ser lúcidos e democráticos. Portanto, melhor do que indicar em quem á comunidade deve votar, é organizar debates multipartidários, nos quais, simultânea ou alternadamente, os vários representantes de correntes políticas possam ser ouvidos sem preconceitos;

5 – A diversidade social, econômica e ideológica que caracteriza a igreja evangélica no Brasil, deve levar os pastores a não tentarem conduzir processos político-partidários dentro da igreja, sob pena de que, em assim fazendo, eles dividam a comunidade em diversos partidos;

6 – Nenhum cristão deve se sentir obrigado a votar em um candidato pelo simples fato de ele se confessar cristão evangélico. Antes disso, os evangélicos devem discernir se os candidatos ditos cristãos, são pessoas lúcidas e comprometidas com as causas de justiça e da verdade. E mais: é fundamental que o candidato evangélico queira se eleger para propósitos maiores do que apenas defender os interesses que passam também pela dimensão política. Todavia, é mesquinho e pequeno demais pretender eleger alguém apenas para defender interesses restritos ás causas temporais da igreja. Um político evangélico tem que ser, sobretudo, um evangélico na política e não apenas um “despachante” de igrejas;

7 – Os fins não justificam os meios. Portanto, o eleitor cristão não deve jamais  aceitar a desculpa de que um político evangélico de determinada maneira, apenas porque obteve a promessa de que, em fazendo assim, ele conseguirá alguns benefícios para a igreja, sejam rádios, concessões de TV, terrenos para templos, linhas de crédito bancário, propriedades ou outros “trocos”, ainda que menores. Contanto todos assumamos que nos bastidores da política haja acordos e composições de interesses, não se pode entretanto, admitir que tais “acertos” impliquem na prostituição da consciência de um cristão, mesmo que a “recompensa seja, aparentemente, muito boa para a expansão da causa evangélica. Afinal, JESUS não aceitou ganhar os “reinos deste mundo” por quaisquer meios. Ele preferiu o caminho da cruz;

8 – Os eleitores evangélicos devem votar baseados em programas de governo, e não apenas em função de “boatos” do tipo: “o candidato é ateu”; ou “fulano vai fechar as igrejas”. Ou “sicrano não vai dar nada aos evangélicos”; ou ainda: “O beltrano é bom porque dará muito para os evangélicos”. É bom saber que a constituição do país não dá a quem quer que seja, o poder de limitar a liberdade religiosa de qualquer grupo. Além disso, é válido observar que aqueles que espalham tais boatos, quase sempre, têm a intenção de induzir os votos dos eleitores assustados e impressionados, na direção de um candidato com o qual estejam comprometidos;

9 – Sempre que um eleitor evangélico estiver diante de um impasse do tipo: “o candidato evangélico é ótimo, mas seu partido não é o que eu gosto”, é de bom alvitre que, ainda assim, se de um “voto de confiança” a esse irmão na fé, desde que ele tenha as qualificações para o cargo. A fé deve ser prioritária as simpatias ideológico-partidárias.

10 – Nenhum eleitor evangélico deve se sentir culpado por ter opinião política diferente da de seu pastor ou líder espiritual. O pastor deve ser obedecido em tudo aquilo que ele ensina sobre a palavra de DEUS, de acordo com ela. No entanto, no âmbito político, a opinião do pastor deve ser ouvida apenas como a palavra de um cidadão, e não como uma “profecia divina”.


DEUS abençoe a todos!!!!
                    

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