segunda-feira, 28 de março de 2016

Governo sudanês tenta erradicar o cristianismo no país



Cristãos estrangeiros são transportados do país, a literatura cristã foi proibida e já fecharam a única loja cristã que existia em Cartum
De acordo com relatórios da Portas Abertas, autoridades sudanesas estão mantendo presos dois líderes cristãos em um local ainda desconhecido, desde meados de dezembro. Segundo algumas fontes que não podem ser identificadas por motivos de segurança, membros do Serviço de Inteligência e Segurança Nacional do Sudão (NISS, sigla em inglês) visitaram a casa da família de Telahoon Nogosi Kassa Rata, de 36 anos, que é o líder de uma irmandade da Universidade de Estudantes Cristãos e também de um líder de Cartum, da Igreja Evangélica do Norte.

Telahoon, mais conhecido como Telal Rata, foi até o escritório do NISS, localizado atrás do aeroporto de al-Mashtel, no dia seguinte à visita, e está detido desde então. Enquanto isso, dois líderes da Igreja Cristã no Sudão, uma denominação cujos membros se originam predominantemente das montanhas de Nuba, também foram presos pelo orgão, em dezembro. "Fica claro que, em ambos os casos, trata-se de uma forte campanha do governo sudanês para erradicar o cristianismo no país. Há muitos casos semelhantes: Kuwa Shamal, que é chefe de uma comissão cristã, foi levado de sua casa, no distrito de Bahri, a norte de Cartum. Hassan Abduraheem Kodi Taour, vice-líder de igreja, foi detido também em sua própria casa, em Omdurman, uma cidade do outro lado do Nilo, a oeste da capital", comenta um dos analistas de perseguição.

O analista explicou que Shamal foi libertado três dias depois, mas foi obrigado a continuar a apresentar-se diariamente ao NISS até a segunda ordem deles, no dia 16 de janeiro. Telal Rata e Taour permanecem sob custódia e ninguém tem acesso a eles, nem mesmo os advogados. "Os pais de Telal foram autorizados a visita-lo uma única vez, cinco dias depois de ser detido, segundo a família. Na ocasião, ele estava em Al-Kober, uma prisão de Cartum. Desde então, eles tentaram vê-lo pelo menos quatro vezes, mas foram orientados a solicitar uma autorização de visita. Ao que parece, eles estão sendo investigados", diz o analista.

O advogado de Taour escreveu ao Conselho de Direitos Humanos do Sudão para pedir ajuda nesse caso, mas não obteve resposta. O Conselho das Igrejas do Sudão também escreveu uma carta ao Ministério de Assuntos Religiosos e ao Gabinete de Segurança, mas também não houve nenhum retorno. Segundo os relatórios, algumas acusações anteriores, feitas contra outros líderes cristãos, Yat Michael e Peter Yen, resultaram em oito e sete meses de prisão, respectivamente. "Além disso, há cristãos estrangeiros sendo transportados do país, a importação de literatura cristã foi proibida, as já existentes estão sendo confiscadas pelo governo e já fecharam a única loja cristã que existia em Cartum. A tortura na prisão é algo comum para os apóstatas islâmicos", aponta o analista. O Sudão é o 8º país na Classificação da Perseguição Religiosa de 2016. Ore por essa nação.


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Fonte:
Portas Abertas - Servindo cristaos perseguidos
   www.portasabertas.org.br

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