Após 10 anos de discussão, a Igreja Batista do Pinheiro, Maceió/Al, em decisão histórica para uma comunidade batista, aprova a aceitação de pessoas homoafetivas como membros da igreja por batismo, carta de transferência e aclamação:
“Um Caminho ainda mais excelente. ” - I Coríntios 12:28. No último dia 28 de fevereiro do ano em curso, a Igreja Batista do Pinheiro reunida em assembleia extraordinária, aprovou por maioria absoluta de votos (129 favoráveis, 3 contrários e 15 abstenções) o parecer da diretoria executiva 2015 e 2016, que sugeria a aceitação de pessoas homoafetivas como membros da igreja por batismo, carta de transferência e aclamação. Desta forma, corajosamente os membros presentes na assembleia decidiram de forma histórica que qualquer pessoa que confesse Jesus de Nazaré como Senhor e Salvador da sua vida, independente da sua condição social, econômica e sexual será recebida formalmente no rol de membros da igreja.
Celebro esta decisão histórica com muito temor no coração, uma vez que a mesma encerra um debate de 10 anos, onde estudos bíblicos, encontros, mesas redondas, embates, debates e é obvio alguns arranhões (não teria como ser diferente) aconteceram no desenrolar deste período. Durante estes 10 anos fizemos questão de não abrir mão da Bíblia, pois, a mesma continua sendo nossa regra de fé e prática; mergulhamos o mais profundo que pudemos nos estudos exegéticos e hermenêuticos em busca de um consenso que trouxesse paz ao coração na hora de decidir. Também, não abrimos mão do respeito às opiniões divergentes, exercitando a paciência e crendo que no tempo determinado pelo Espírito Santo de Deus (Eclesiastes 3:1) as ideias, os olhos e os corações seriam abertos para enxergar o real sentido do debate, que constituía em aceitar e amar as pessoas nas suas particularidades, como o próprio Deus nos amou (Efésios 1:18 e 2:4,5).
Nestes quase 46 anos de organização como igreja, nossa comunidade de fé sempre procurou estar atenta e sensível às vozes daqueles que não conseguem ter voz, nem ser ouvidos pela maioria, principalmente do mundo religioso formal. Lamentavelmente, constato numa rápida análise que com o passar dos tempos, o cristianismo e na maioria das suas igrejas se apegaram apaixonadamente muito mais por suas doutrinas, estruturas e estatutos do que pelas vidas/pessoas pelas quais Jesus de Nazaré derramou seu sangue. Tijolos, estatutos, estruturas e tantas outras coisas que geram disputas infindáveis em nosso meio, precisam dar espaço urgente ao grito silencioso do Espírito de Deus que tenta nos lembrar que não fomos chamados para ser régua do mundo, e sim, braços aconchegantes para todos e todas que estão cansados à beira do caminho (Mateus 11:28-30).
Depois de 10 anos discutindo, conversando, orando, chorando e não se deixando vencer pela força coercitiva do fundamentalismo machista e excludente que sempre predominou em nossas leituras e interpretações da Bíblia... 10 anos não são 10 dias ou meses, durante este longo tempo muita gente deu sua preciosa contribuição, costurando com oração, amor e lágrimas a decisão do último domingo.
Louvo a Deus pela vida do irmão Júlio Daniel que corajosamente há 10 anos, de forma pura e até inocente declarou sua condição sexual publicamente na igreja, gerando na ocasião, desconforto para alguns e desafio para outros que a partir daquele momento começaram a considerar o tema de forma mais didática e pedagógica em oração.
Louvo a Deus por aqueles que não concordando com os debates e os encaminhamentos sobre a temática deixaram a igreja de forma respeitosa e pacífica sem provocar dissenções e dificuldades para comunidade de fé. Louvo a Deus pela vida dos nossos líderes eleitos da gestão 2015 e 2016 que de forma discreta, corajosa e temente ao Senhor Deus produziram um parecer equilibrado e robusto que levou a comunidade a aprová-lo com paz no coração.
Louvo a Deus pela nossa pastora e teóloga Odja Barros, que sempre esteve disposta a escrever, pregar e apresentar seminários sobre a temática, sempre a convite da diretoria da igreja, demonstrando equilíbrio, respeito, imparcialidade e um temor ao Senhor Deus que arrebatou nosso povo em vários momentos com a Bíblia aberta e regada de lágrimas.
Louvo a Deus por aqueles e aquelas que nestes 10 anos não arredaram o pé da igreja, em detrimento dos debates sobre a temática, sustentando a igreja em oração, recursos e acima de tudo protegendo a comunidade dos ataques e acusações covardes que muitos tentaram colar em nossa história. Parabéns para todos e todas que que fizeram e fazem a história recente da Igreja Batista do Pinheiro por mais esta decisão corajosa, que se soma à prateleira de decisões históricas importantes para a Igreja Evangélica Nordestina e Brasileira.
Mais que uma decisão histórica, nos alegramos como comunidade de fé em darmos mais um passo rumo ao exercício do que acreditamos ser a proposta de Reino de Deus apresentada por Jesus de Nazaré como sendo um espaço de amor, respeito e acolhimento a todos e todas que desejem fazer parte e vivenciar o evangelho. Nas palavras do pastor e teólogo Marcos Monteiro, todo tipo de preconceito, exclusão, racismo, sexismo, machismo, desrespeito ao diferente e ganância precisam ser denunciados como um “desangelho” (não evangelho).
...I Co 12.13: “Passo agora a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente ” (verso 31b). Creio que a decisão do último domingo aponta a direção que a comunidade de fé chamada Igreja Batista do Pinheiro, pretende continuar seguindo que é tentar se manter de forma radical no caminho ainda mais excelente, que é o caminho do amor. Podemos errar, e vamos errar, somos humanos e imperfeitos. Entretanto, minha oração é que nossos erros sejam sempre numa tentativa insistente de se parecer cada vez mais com a proposta de graça e vida inaugurada e vivenciada em todo ministério do Senhor Jesus de Nazaré. Que possamos vir a errar, mais que nossos erros sejam por defender a vida acima de toda e qualquer injustiça, que nossa obsessão seja a mesma de Jesus de Nazaré que em vários momentos da sua breve vida, colocando-se ao lado dos excluídos do seu tempo trocou de lugar com os mesmos, sendo expulso do convívio social (Marcos 5: 14-17). O caminho do amor não é romântico, é duro muitas vezes, mas para quem crer e não abre mão de amar, qualquer preço a pagar é pequeno diante do que o poder do mesmo pode produzir na vida daqueles e daquelas que são alvo deste maravilhoso amor de Deus.
Maceió, 04 de março de 2016. Pr. Wellington Santos
Resposta do pastor Pr. André Nascimento a essa aberração:
Pessoal, a questão é séria e precisa ser analisada de forma séria.
Há tempos tenho me mantido em silêncio para não alimentar as fogueiras das discussões, porém, lá atrás, quando discutimos tanto sobre a questão do Ministério Pastoral Feminino, eu falei, com todas as letras, que o problema não estava no ministério, mas na teologia e na forma de fazer teologia que estava por trás. E disse, também na época, que aceitar a forma de fazer teologia que entendia que o Ministério Pastoral Feminino era aceitável era abrir as portas para que fosse usada pelos teólogos LGBT para defenderem que homossexuais não eram condenados pela Bíblia e, logo, deveriam ser aceitos pela igreja em seus rols de membros.
Pois eis que, no relato da referida igreja, vemos que a grande influência por trás desta decisão foi de... uma pastora! Não é difícil compreender que a mesma linha teológica usada por ela para defender seu ministério foi usada para defender a entrada de homossexuais no rol de membros. Logo, meus alertas se cumpriram.
Eu sempre disse e tenho repetido: Estou aberto ao Ministério Feminino, se alguém me provar, na Palavra de Deus, que ele é aceitável. Até agora, mesmo após ler diversos textos e estudos apresentados, ninguém me convenceu e rebati todos os pontos apresentados. De igual forma tenho tratado a temática LGBT, com humildade estudando os textos originais e compreendendo o que é apresentado pelos teólogos que a defendem, e igualmente discordo de todos os pontos apresentados.
Meu parâmetro é unicamente a Palavra de Deus, em toda a sua inteireza. Eu não posso aceitar uma proposta de mudança com base em uma teologia liberal, que desconsidera a inspiração da Bíblia por parte do Espírito Santo, pois a consequência é esta que se apresenta.
Oremos, meus irmãos, pois o caminho é que mais igrejas, seduzidas pela possibilidade de alargar seus arraiais, podem seguir por estas mesmas tortuosas veredas.
Abraços fraternos em Cristo,
Pr. André Nascimento
Pessoal, a questão é séria e precisa ser analisada de forma séria.
Há tempos tenho me mantido em silêncio para não alimentar as fogueiras das discussões, porém, lá atrás, quando discutimos tanto sobre a questão do Ministério Pastoral Feminino, eu falei, com todas as letras, que o problema não estava no ministério, mas na teologia e na forma de fazer teologia que estava por trás. E disse, também na época, que aceitar a forma de fazer teologia que entendia que o Ministério Pastoral Feminino era aceitável era abrir as portas para que fosse usada pelos teólogos LGBT para defenderem que homossexuais não eram condenados pela Bíblia e, logo, deveriam ser aceitos pela igreja em seus rols de membros.
Pois eis que, no relato da referida igreja, vemos que a grande influência por trás desta decisão foi de... uma pastora! Não é difícil compreender que a mesma linha teológica usada por ela para defender seu ministério foi usada para defender a entrada de homossexuais no rol de membros. Logo, meus alertas se cumpriram.
Eu sempre disse e tenho repetido: Estou aberto ao Ministério Feminino, se alguém me provar, na Palavra de Deus, que ele é aceitável. Até agora, mesmo após ler diversos textos e estudos apresentados, ninguém me convenceu e rebati todos os pontos apresentados. De igual forma tenho tratado a temática LGBT, com humildade estudando os textos originais e compreendendo o que é apresentado pelos teólogos que a defendem, e igualmente discordo de todos os pontos apresentados.
Meu parâmetro é unicamente a Palavra de Deus, em toda a sua inteireza. Eu não posso aceitar uma proposta de mudança com base em uma teologia liberal, que desconsidera a inspiração da Bíblia por parte do Espírito Santo, pois a consequência é esta que se apresenta.
Oremos, meus irmãos, pois o caminho é que mais igrejas, seduzidas pela possibilidade de alargar seus arraiais, podem seguir por estas mesmas tortuosas veredas.
Abraços fraternos em Cristo,
Pr. André Nascimento
Pr. Auxiliar - PIB Araruama/RJ
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Fonte: Ministério Beréia
Nota do Blog:
Nota do Blog:
A igreja evangélica tem vivido uma crise de identidade terrível, perdeu o foco, se desviou, perdeu o caminho, se confundiu, se deixou levar pela teologia liberal, pelo relativismo, em fim, se perdeu e hoje confunde o vinde como estais com um fique como veio, esquece as palavras do MESTRE, que diz, vai e não peques mais, lamentável, triste e doloroso esse momento em que estamos vivendo, que o SENHOR tenha misericórdia de nós.
Adriano Montes.
DEUS abençoe a todos!!!
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