Por ISRAEL BELO DE AZEVEDO
Uma das frases que marcaram época no Brasil dizia que numa mulher não se bate nem com uma flor. Embora imperfeito, o bordão tinha a intenção de quebrar a cultura machista de vergar as mulheres sob a pressão do medo e da violência. Hoje tratamos melhor as mulheres, embora ainda tenhamos muito a transformar nos corações masculinos, até chegarmos a um tempo em que não precisemos de leis para protegê-las dos homens e, logo, nem de delegacias especiais para lhes defender e nem de um dia para lhes homenagear.Mesmo que soe (e soa) estranha, precisamos aplicar esta frase, aos homossexuais, em quem não se deve bater nem com uma flor.
Mesmo quem não aceita os comportamentos deles, discretos ou abertos, não tem o direito de empregar a violência, física ou moral, contra eles.
Mesmo querendo resistir às suas propostas, de que, por exemplo, suas escolhas lhes antecedem porque inscritas em suas biologias, esta resistência deve ser pacífica, nunca batendo primeiro e jamais batendo depois. Bater (gritar, xingar, debochar) nunca.
Para os cristãos, os únicos recursos em sua discordância militante -- não importam as armas do outro lado -- devem ser a razão no debate e a compaixão no trato, banhadas sempre em oração.
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