O passado não existe.
Se o seu pai era um alcoólatra e, hoje, você depende também do álcool ou, ao contrário, não o tolera, este é o seu presente.
Se, quando criança, aprendeu a gostar de ler e até hoje você é um apaixonado por livros, revistas e jornais, este é o seu presente.
Se, na infância, um cachorro lhe mordeu, o que o obrigou a tomar doloridas vacinas, e, hoje, você não morre de amores por animais de estimação, este é o seu presente.
Se, criança, você esperava os meses de dezembro, janeiro e fevereiro para inesquecíveis férias e, hoje, anseia por 30 dias de pernas para o ar com a família, este é o seu presente.
Se, pequeno, você ia a festas de aniversário e só comia (antigamente era assim em muitos contextos) depois que os adultos se alimentassem e, hoje, você não gosta de festas, este é o seu presente.
Se, menino, apanhava do seu pai por qualquer coisa e, hoje, você é incapaz de levantar a mão contra os filhos e nem contra ninguém, este é o seu presente.
Se, em dias distantes, abusaram de você e, hoje, a amargura está estampada no seu rosto, este é o seu presente.
Se, em tempos recuados, foram duros com você e, hoje, você não perdoa os que falham, este é o seu presente.
Nossa primeira tarefa, portanto, é saber que o passado não existe.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO
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