A situação para os nossos irmãos indianos nesse período de Páscoa é ainda mais preocupante. Interceda também por eles
A Associação Evangélica da Índia divulgou na última terça-feira, uma declaração na qual critica “o foco nos cristãos em dias especiais de adoração, como o Domingo de Ramos e a Páscoa”, como algo condenável. A associação ainda pede ao governo medidas responsáveis que venham reduzir esses ataques. “Incidentes como esses, especialmente durante a Semana da Paixão, são tendenciosos e devem aumentar para as minorias religiosas”, dizia ainda a declaração. Quatro dos cinco Estados em que os incidentes ocorreram são governados pelo Partido Hindu-nacionalista BJP (Bharatiya Janata Party – Partido do Povo Indiano).
Enquanto isso, as chamadas “leis anti-conversão” que, por sua vez, protegem as pessoas contra conversões forçadas, estão proibindo os cristãos de qualquer tipo de evangelismo. O Conselho Nacional de Igrejas na Índia disse que o surto súbito na violência anticristã é um “sinal” de que os grupos nacionalistas hindus querem enfatizar que as minorias, como cristãos e muçulmanos, representam uma ameaça para a nação que privilegia o hinduísmo.
Sobre os incidentes (informações da Comunidade Evangélica da Índia)
Madhya Pradesh (aldeia de Sitabedi, Khandwa)
Extremistas hindus, acompanhados por policiais, interromperam o serviço religioso. A polícia prendeu os pastores e suas esposas, entre outros cristãos, e os levou à delegacia local. Três pastores foram detidos sob a Lei de Liberdade de Religião (lei anti-conversão), e os demais foram libertados naquela noite.
Haryana (cidade de Kaithal)
Os extremistas hindus interromperam o culto de uma igreja liderada por um pastor chamado Yashpal. O grupo “ameaçou e maltratou” os cristãos e depois apresentou uma queixa oficial na delegacia da polícia local, alegando que os cristãos estavam forçando as pessoas a se converterem. A polícia levou os cristãos sob custódia. O inspetor local alegou ter sido “custódia protetora” e que eles foram liberados após as alegações serem consideradas sem fundamento.
Uttar Pradesh (aldeia de Jahanpur, Ghazipur)
Uma multidão espancou Krishna Paul, um líder cristão, e entregou-o à polícia. Ele foi libertado depois que outros líderes locais conversaram com a polícia.
Rajastão (Sri Ganganagar)
Os extremistas hindus interromperam um culto, e o líder cristão Saji Mathew, foi preso e colocado sob custódia policial, junto com outros sete cristãos. Aldeões locais, com a ajuda de um sacerdote hindu, reclamaram para o chefe da aldeia que os cristãos estavam “envolvidos em conversões forçadas”. O chefe da aldeia então assinou uma queixa e entregou à polícia local, que prendeu os cristãos. Depois que outros líderes locais conversaram com a polícia, os critãos foram liberados.
Tamil Nadu (Keeranur, Dindigul)
Funcionários do governo interromperam uma reunião de oração particular na casa de um cristão chamado Gunasekaran. Os funcionários filmaram e tiraram fotos das pessoas orando e depois disseram que deveriam parar. A família de Gunasekaran (cerca de 20 pessoas) costuma se reunir na casa dele todos os domingos, nos últimos 24 anos, para orar. O cristão foi forçado a assinar um pedaço de papel e convocado a comparecer no escritório do governo local, no dia seguinte. A Sociedade Evangélica da Índia observou que as orações são feitas apenas por membros da família, e não por pessoas de fora, e que nenhum sistema de alto-falante é usado durante as reuniões. Ore pela igreja na Índia.
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Fonte:
www.portasabertas.org.br
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