quinta-feira, 19 de maio de 2011

Pastor cabo-friense escreve aos Senadores



Senhores Senadores
    O nosso querido Brasil sempre teve, de forma geral, uma especial característica de convivência pacífica, harmoniosa, respeitosa entre todas as classes sociais, gostos e preferências. Também nessas últimas décadas temos aprendido, de forma prática, que a democracia é um bem precioso, inegociável e que sempre tem um preço, muitas vezes. Essa democracia precisa ser praticada em todos os seus aspectos e plenitude, respeitando, é claro, as minorias, sejam elas quais forem.
   Mas vivemos um momento delicado, porque alguns equívocos poderão de forma inconsequente quebrar o que consideramos valores inegociáveis. Sou contra todo tipo de preconceito e discriminação. Sou contra a intolerância. Sou contra a hostilidade, a raiva e todo sentimento e atitude que contradiz aos princípios basilares da Bíblia que creio  ser a Palavra de Deus. 
   Portanto, assumir uma atitude raivosa contra os chamados homo-afetivos deve ser abominado. Mas, Senador, existe uma longa diferença entre exercer preconceito e discriminação e ter o direito de expressar opinião que, aliás, é garantida pela Constituição. Todos podem manifestar opinião a favor ou contra os políticos, o time de futebol, a religião, até podem falar a favor e contra Deus, mas não poder emitir opinião contrária à opção sexual é, no mínimo, senador uma atitude não muito sã. É pregar contra tudo que a democracia ensina.
   Sou contra o preconceito, sou contra a discriminação, sou contra a atitude raivosa, vexatória que queiram impor sobre os homo-afetivos. Sou contra a homofobia, até porque o próprio termo é impróprio por si mesmo. Sou contra que queira impedir que alguém faça sua escolha e tenha sua opção sexual. Deus nos fez com livre arbítrio. Cada um escolhe o que quer e vive como quer, sem prejuízo do próximo, é claro. Mas, Senador, sou contra que alguém tenha relacionamento "amoroso" com pessoa do mesmo sexo e entendo que precisa ser preservado o meu direito de ser contra e poder ter e expressar minha opinião. Opina-se, repito, sobre tudo e não se poderá opinar sobre esse assunto? Absurdo, senhor Senador. Isso fere inclusive o que reza a Constituição, que diz  sobre liberdade de opinião e de crença.
   Solicito ao Senhor Senador que considere essas minhas palavras e que vote contra a PL 122 da forma como ela se apresenta.
   Tenho dito com respeito e crendo na lucidez, coerência e seu discernimento.
Pr. Hudson Galdino da Silva - Cabo Frio

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