O Mar Morto é um ambiente misterioso: a superfície mais baixa da Terra, suposta localização de Sodoma e Gomorra, provável fonte de águas curativas e, apesar de seu nome, um tesouro raro de vida microbiana diversa. Mas seu destino não é outra coisa senão
uma incerteza. Após séculos de estabilidade – devido a um dedicado equilíbrio entre o suprimento de água doce fornecida pelo rio Jordão e a evaporação sob o sol implacável do Oriente Médio – o lago está desaparecendo.
O Mar Morto recebeu este nome no século II da era cristã, suas águas são dez vezes mais salgadas que as águas dos oceanos. A concentração de sais é muito grande, possui em média 30 a 35 g de sais por 100 ml de água, enquanto nos oceanos este teor é de 3,0 g de sal por 100 ml.O Mar Morto, agora, está a 424 metros abaixo do nível do mar, e suas águas baixam à razão de 1 metro por ano. Em certos pontos, a margem afastou-se 1 km da antiga costa.
Sumidouros no Mar Morto
O Mar Morto recebeu este nome no século II da era cristã, suas águas são dez vezes mais salgadas que as águas dos oceanos. A concentração de sais é muito grande, possui em média 30 a 35 g de sais por 100 ml de água, enquanto nos oceanos este teor é de 3,0 g de sal por 100 ml.O Mar Morto, agora, está a 424 metros abaixo do nível do mar, e suas águas baixam à razão de 1 metro por ano. Em certos pontos, a margem afastou-se 1 km da antiga costa.
Sumidouros no Mar Morto
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Jordanianos a leste, israelenses a oeste e sírios e libaneses ao norte vêm extraindo tanta água doce da bacia hidrográfica do rio Jordão que quase nada mais alcança o mar. Israel e Jordânia também retiram com sifão a água do lago para explorar minerais valiosos, acelerando seu declínio. Milhares perfurações se formaram no rastro desse recuo do mar, reduzindo o turismo e o desenvolvimento ao longo das margens, porque ninguém pode prever onde o próximo sumidouro repentinamente se abrirá, com potencial para engolir prédios, estradas e pessoas.
Rio Jordão nos dias atuais.
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Preocupados com a perda de valioso recurso natural e cultural, equipes de Israel, Jordânia e Palestina propuseram em enorme sistema de transporte que reabasteceria constantemente o mar Morto com água do mar Vermelho, localizado ao sul. Cientistas analisam como a mistura dessas águas pode afetar a química e a biologia do lago ou se o fluxo poderia tornar vermelho o que hoje é turquesa. Políticos estudam se alguma das nações deseja financiar essa possibilidade de salvação de US$ 10 bilhões, já que ambientalistas se opõem a esse projeto faraônico. E os governos que têm o domínio de outros corpos salinos, incluindo o mar de Aral, o mar Cáspio e o Grande Lago Salgado, de Utah, se interessam por lições que possam aplicar a seu próprio desenvolvimento futuro.
O mar está se esvaziando principalmente porque a afluência do rio Jordão, ao norte, reduziu-se de cerca de 1,3 bilhões de metros cúbicos por ano para 30 milhões. Assim, a evaporação no mar supera o suprimento de água doce, e a parte sul do lago já desapareceu. O mar também vem baixando porque empresas Dead Sea Works de Israel e a Arab Potash Company da Jordânia retiram água do norte por um canal para o sul. A evaporação concentra minerais como bromo, magnésio e potássio, além de sais, todos extraídos pelas empresas. O ar acima da vasta região do lago contém alguns dos mais altos níveis de mercúrio oxidado no planeta, devido à alta concentração de bromo.
Nas condições atuais, o mar Morto poderá afundar a -550 metros até 2200. Esse recuo pode ser evitado por 180 km de canais e tubulações que transportariam água do mar Vermelho para o Mar Morto.
A salmoura da dessalinização não seria um substituto adequado para a água do rio Jordão. Essa salmoura e a água salgada do mar podem se estratificar em camadas. Com a intervenção, pode haver crescimento de algas e bactérias, mudando a cor do mar de turquesa para avermelhado. Experimentos conduzidos por micro-biólogos em tanques sugerem que proliferação de algas é uma ameaça real, mas os testes ainda não são conclusivos nem foram repetidos de forma independente.
Lagoa de evaporação.
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Salvar o mar Morto pode compensar por diferentes razões. Biólogos descobriram uma nova forma de metabolismo de certos microorganismos nas suas águas. Cientistas também transplantaram genes de um fungo local singular em uma cepa de levedura que, posteriormente, mostrou forte resistência ao estresse salino, assim como ao calor e ao estresse oxidativo. O gene tem potencial para ajudar plantações a crescerem em solos salinos hoje impróprios para o cultivo, o que poderia trazer segurança alimentar a milhões de pessoas que habitam áreas de terra salgadas do mundo inteiro.
Demétrius A. Silva
Fonte de pesquisa e imagem.
Scientific American Brasil
http://www.foeme.org/www/?module=home
http://www.ruiraiol.com.br/ver_destaque.asp?cod=790
http://irrigacao.blogspot.com/2010/03/um-pouco-da-historia-e-irrigacao.html
Via: http://ciencia-religiao.blogspot.com
Jordanianos a leste, israelenses a oeste e sírios e libaneses ao norte vêm extraindo tanta água doce da bacia hidrográfica do rio Jordão que quase nada mais alcança o mar. Israel e Jordânia também retiram com sifão a água do lago para explorar minerais valiosos, acelerando seu declínio. Milhares perfurações se formaram no rastro desse recuo do mar, reduzindo o turismo e o desenvolvimento ao longo das margens, porque ninguém pode prever onde o próximo sumidouro repentinamente se abrirá, com potencial para engolir prédios, estradas e pessoas.
Rio Jordão nos dias atuais.
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Preocupados com a perda de valioso recurso natural e cultural, equipes de Israel, Jordânia e Palestina propuseram em enorme sistema de transporte que reabasteceria constantemente o mar Morto com água do mar Vermelho, localizado ao sul. Cientistas analisam como a mistura dessas águas pode afetar a química e a biologia do lago ou se o fluxo poderia tornar vermelho o que hoje é turquesa. Políticos estudam se alguma das nações deseja financiar essa possibilidade de salvação de US$ 10 bilhões, já que ambientalistas se opõem a esse projeto faraônico. E os governos que têm o domínio de outros corpos salinos, incluindo o mar de Aral, o mar Cáspio e o Grande Lago Salgado, de Utah, se interessam por lições que possam aplicar a seu próprio desenvolvimento futuro.
O mar está se esvaziando principalmente porque a afluência do rio Jordão, ao norte, reduziu-se de cerca de 1,3 bilhões de metros cúbicos por ano para 30 milhões. Assim, a evaporação no mar supera o suprimento de água doce, e a parte sul do lago já desapareceu. O mar também vem baixando porque empresas Dead Sea Works de Israel e a Arab Potash Company da Jordânia retiram água do norte por um canal para o sul. A evaporação concentra minerais como bromo, magnésio e potássio, além de sais, todos extraídos pelas empresas. O ar acima da vasta região do lago contém alguns dos mais altos níveis de mercúrio oxidado no planeta, devido à alta concentração de bromo.
Nas condições atuais, o mar Morto poderá afundar a -550 metros até 2200. Esse recuo pode ser evitado por 180 km de canais e tubulações que transportariam água do mar Vermelho para o Mar Morto.
A salmoura da dessalinização não seria um substituto adequado para a água do rio Jordão. Essa salmoura e a água salgada do mar podem se estratificar em camadas. Com a intervenção, pode haver crescimento de algas e bactérias, mudando a cor do mar de turquesa para avermelhado. Experimentos conduzidos por micro-biólogos em tanques sugerem que proliferação de algas é uma ameaça real, mas os testes ainda não são conclusivos nem foram repetidos de forma independente.
Lagoa de evaporação.
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Salvar o mar Morto pode compensar por diferentes razões. Biólogos descobriram uma nova forma de metabolismo de certos microorganismos nas suas águas. Cientistas também transplantaram genes de um fungo local singular em uma cepa de levedura que, posteriormente, mostrou forte resistência ao estresse salino, assim como ao calor e ao estresse oxidativo. O gene tem potencial para ajudar plantações a crescerem em solos salinos hoje impróprios para o cultivo, o que poderia trazer segurança alimentar a milhões de pessoas que habitam áreas de terra salgadas do mundo inteiro.
Demétrius A. Silva
Fonte de pesquisa e imagem.
Scientific American Brasil
http://www.foeme.org/www/?module=home
http://www.ruiraiol.com.br/ver_destaque.asp?cod=790
http://irrigacao.blogspot.com/2010/03/um-pouco-da-historia-e-irrigacao.html
Via: http://ciencia-religiao.blogspot.com
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