quinta-feira, 7 de julho de 2011

Similaridades entre o paganismo e neopentecostalismo.




                                    Por Renato Vargens

Existem inúmeras similaridades entre o paganismo e o neopentecostalismo, dentre estes, a oferta que aplaca a ira divina.

Assim como as civilizações antigas tentavam atenuar a ira dos seus deuses e ídolos com ofertas e sacrificios, os neopentecostais o fazem com suas ofertas em dinheiro. Nesta perspectiva, os fiéis apresentam no "altar" seus recursos e oferendas a fim de que milagres aconteçam em suas vidas e famílias. É comum no culto neopentecostal encontrarmos momentos onde o "sacerdote" investido de "autoridade mística" propõe aos membros de sua igreja, um momento mágico onde mediante a oferta em dinheiro a ira de Deus é aplacada.

Pois é, nos cultos neopentecostais o tipo, tamanho, bem como o valor da oferta determinam a intervenção divina na vida do fiel. Se a oferta for valiosa e sacrificial, Deus intervirá fazendo o milagre desejado, caso contrário, o crente infiel, deixará de receber a bênção desejada.

Um exemplo claro disso são os ensinos de Mike Murduck, o profeta das sementes. Segundo o teólogo da prosperidade "dinheiro atrai dinheiro", isto é, quando o crente OFERTA a Deus, (independente da motivação) automaticamente atrai o favor do Senhor lhe trazendo mais dinheiro. Murdock também costuma ensinar que devemos plantar dinheiro para colher mais dinheiro, como se fosse uma lei de semeadura financeira, que ele chama de "lei da semente". Ele também prega a existência de aproximadamente seis níveis de semeadura. Segundo ele um destes níveis é a semente de mil”. Murdock dá uma significado a certas quantias da semente: “tem havido cinco níveis de colheitas incomuns em minha vida $58, $100, $200, $1000 e $8500. Uma semente de mil dólares quebrou a pobreza em minha vida. Ninguém pode semear estes mil dólares para você." Em outras palavras isso significa “eu quebrei a pobreza com uma semente de mil dólares” façar o mesmo, envie sua oferta que a pobreza será quebrada.

Caro leitor, com lágrimas nos olhos sou obrigado a confessar que parte da Igreja Brasileira "paganizou"o Evangelho de Cristo. Ora, Deus não é um idolo que se corrompe mediante as nossas ofertas interesseiras, nem tampouco um ser que outorga bênçãos mediante o toma-lá-dá-cá. A provisão de Deus para com as nossas vidas se dá mediante sua infinita graça! Ele supre as nossas necessidades pelo fato de ser bom, amoroso e misericordioso!

O problema é alguns daqueles que compõem a liderança da Igreja Brasileira não entendem isso. Na verdade, por ignorância ou maldade, (Deus o sabe) os profetas de GIZUIS sincretizaram o conteúdo do Evangelho, misturando valores pagãos a mensagem da Salvação Eterna. Além disso, por não terem uma formação teológica saudável, tais líderes se perderam em questões nevralgicas ao cristianismo, permitindo assim, com que conceitos anti-cristãos influenciassem negativamente sua cosmovisão.

Diante disto, não possuo dúvidas em afirmar que o sistema comportamental e doutrinário do neopentecostalismo brasileiro se deve em parte ao famigerado sincretismo religioso. O que nos leva a entender que mais do que nunca, precisamos em nosso país resgatar os valores da Reforma Protestante, retornando as Escrituras, fazendo dela a nossa única regra de fé.

Isto posto, afirmo categoricamente que em hipótese alguma experiências mágicas esquizofrênicas, como supertições inequívocas e burrificadas devem nortear o comportamento de nossas igrejas, até porque, somos e fomos chamados pelo Senhor a vivermos um cristianismo equilibrado, racional, apaixonante e apaixonado por aquele que por sua infinita graça e misericórdia nos salvou.

Pois é, como costumava dizer o reformador João Calvino o verdadeiro conhecimento de Deus está na Bíblia, e de que ela é o escudo que nos protege do erro. Em tempos difíceis como o nosso, precisamos regressar à Palavra de Deus, fazendo dela nossa única regra de fé, prática e comportamento.

Soli Deo gloria

Renato Vargens

Fonte: http://renatovargens.blogspot.com

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