sexta-feira, 11 de novembro de 2011

NÃO EXISTE DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO






Não são poucas as questões sobre dízimos e ofertas que principalmente os novos convertidos têm. É com essa preocupação que faço esse comentário. Na verdade há um erro sobre esta questão nas Igrejas, que não despertaram para este assunto no Novo Testamento. Realidade esta que não existe dízimo nesta presente dispensação, ou seja, dízimo pertence à dispensação da lei, Antigo Testamento. Este ato foi substituído por “contribuir", é o que mostrarei aqui à luz das escrituras.
Partindo do princípio quem estabeleceu o dízimo? Foi o Senhor. Através de quem? Moisés. Quando? Quando estabeleceu leis acerca de voto e doações em Levítico 27. Vindo a confirmar e esclarecer mais a fundo e detalhado em Deuteronômio 14. Esses objetivos são claros e diretos. O sacerdócio levítico herdou do Senhor o ministério ao invés de terras, como as demais tribos, ficando a cargo deles todos os ofícios ministeriais em toda a nação. Para isso como se manterem? Como suprirem suas necessidades? Deus sabia disto e muito mais. Pois, Ele mesmo encarregou seu povo de sustentarem seus ministros. Com que? Com os dízimos de tudo que a terra lhes desce (Dt 14.22). Isso foi uma cláusula da lei, ou um artigo. É curioso que em quinze anos de cristão nunca ouvi mensagem alguma de pastor nenhum sobre esta passagem de deuteronômio, que se estendeu em sua vigência até a consumação no calvário. Mas, digo que, nunca ouvi mensagem que viesse a esclarecesse aos membros da Igreja sobre a forma de como Deus exigia os dízimos de seu povo nos relatos de Deuteronômio. No capítulo 14 fala de lavar os produtos da terra, que quando longe poderia ser trocado por dinheiro para que não se perdesse ou estragasse os produtos na viagem, dando ao dizimista a liberdade de dar o dinheiro ou comprar aquilo que era devido de seu dízimo e então levar ao templo. Também nos relata os versos 28 e 29, que no terceiro ano (que era dividido de 7 em 7), o dizimista deveria ajuntar em sua casa todo o dízimo daquele ano, para ter o que oferecer aos levitas, as viúvas, aos estrangeiros e órfãos de sua cidade, comendo com eles em sua própria casa. Agora pergunto eu, por que isso nunca é pregado nos púlpitos das Igrejas, por que isso não é ensinado nas escolas dominicais? Mas o fato aqui não é esse! É que até o calvário o dízimo e toda a lei vigoraram, entrando então, a dispensação da graça. É fácil entender isso. O ministério levítico foi destituído na forma da lei, e no Novo Testamento todos os crentes em Cristo se tornaram ministros, embaixadores e sacerdotes para Deus (Ap 1.6), tendo eles, ou melhor nós cristãos, as mesmas necessidades dos levitas do Antigo Testamento, tinham eles se necessário serem sustentados pelo templo (Igreja). Os dízimos agora não são mais obrigação como eram no A.T. na forma da lei. Eles são no N.T. liberais e voluntário como explica muito bem detalhado o apóstolo Paulo em 2 Coríntios nos capítulos 8 e 9, lembrando que o objetivo agora na Igreja do Senhor, na dispensação da graça é unicamente sustentar seus ministros e sacerdotes, lembrando que isso não diz respeito unicamente ao pastor da Igreja e seus obreiros. Isso se refere a todos os membros do corpo de Cristo, pois todos nós somos chamados ao ministério (Ef 4.11-16). Especialmente e prioritariamente os pobres, as viúvas, os órfãos, etc... Quando lemos em Atos 2.42-47 e 4.32-35, vemos exatamente para que serve as contribuições no N.T., se essas referências não são o suficientes para convencer, que tal você ler os evangelhos e encontrar os 136 versículos que Jesus fala de repartir, dividir seus recursos com os necessitados. Se isso ainda não for o suficiente, que tal ler o critério de juízo que Jesus relata em Mateus 25. 31-46, onde Ele separará seu povo (bodes e ovelhas), também nunca ouvi mensagem que viesse a esclarecer aos membros da Igreja, que é responsabilidade de cada um cristão, e mais ainda da Igreja que detêm os recursos levados pelo povo, suprir as necessidades de quem estiver passando por elas. Ao contrário o que vemos é a "necessidade da Igreja" de estar construindo cada vez mais seus templos luxuosos, modernos e enormes para mostrar a sociedade seu poder. Pense comigo. Os porquês das contribuições seriam para sustentar luxo e conforto excessivo como temos visto em nossos dias? Justificaria a luxúria e vaidade de seus pastores o "para Deus tem que ser o melhor!" e como fica o juízo de Jesus ao seu povo que não usa os recursos das contribuições priorizando-os para promover a igualdade entre o corpo de Cristo, socorrendo o necessitado e assim depois de suprida-as investirem em suas instalações. Conheço uma Igreja que hoje tem R$200.000,00 de som e iluminação, e não dão nem 10 cestas básicas aos seus membros necessitados, que quando recorrem a sua liderança pedindo um socorro, para uma conta de luz, gás e outros, ouvem não podemos te ajudar, a Igreja está construindo e não tem recursos para te atender! Valores trocados, prioridades erradas, são o que temos visto hoje. Há muitos "pastores" e não são poucos, que nunca se satisfazem com suas instalações, e estão a cada dia inventando uma obra quando não estão disputando com outros pastores e Igrejas, quem tem a maior e melhor Igreja, a mais moderna. Assim seguem requerendo cada vez mais de seus membros para realizarem uma "nova obra", seguindo suas visões terrenas e materialistas negligenciando a genuína ora de Cristo que anunciou por palavras a chegada do Reino dos céus e realizou obras sociais a pessoas que na maioria eram estranhas, e que muitas não voltaram para lhe agradecer ou lhe dar alguma coisa em agradecimento, mas nem por isso Ele deixou de atender, priorizando a Si e seus discípulos.  Não sinta obrigação de ser um dizimista em seus 10%, pois, isto pertence a lei do A.T., mas tenha em seu coração a liberalidade e voluntariedade da generosidade que o N.T. nos dá, e que não se limita nos 10%, você pode semear mais do que isso, 15%, 20%, 30%, 50%, 99%, etc... Pois, a lei da bênção e maldição do A.T. em Malaquias 3.10, que na verdade muitos "pastores" falam que o devorador do verso 11 é o diabo, que isso é uma maldade e um erro para manipular o povo através da coação, à dar o dízimo, a verdade é que no A.T. o não dar o dízimo fica a pessoa na desobediência e isso a coloca automaticamente na maldição de deuteronômio 28, que é pior que demônio, são as vias naturais da vida que devora e consomem o fruto da terra, e não o diabo como dizem por aí. Quanto ao diabo, Jesus deixa claro em Mateus 10 e Lucas 9 que autoridade e poder sobre todos Ele nos deu, sem deixar unzinho sequer de fora, nenhuma classe fugiu dessa autoridade, como o devorador, não seria o devorador, um demônio, sujeito à autoridade de Jesus dada a nós? Isso é outro grande erro de quem fala, querem que o povo tenha medo do diabo e sejam sem vergonha com Deus. O dízimo do A.T. foi substituído pela lei da semeadura no N.T. em 2 Coríntios 9.6, o que você planta, você colhe! Não por interesse, mas por compaixão e amor ao próximo. No N.T. não existe a palavra dízimo, ela foi substituída pela palavra contribuir, muitos usam a referência de Mateus 23.23 (perfeito exemplo), para terem base de dizer que Jesus falou em darem o dízimo. Errado, Jesus repreendeu os fariseus de darem o dízimo de alguns itens que Moisés relatou e Sua repreensão e reprovação foi por eles estarem dando o dízimo e não exercendo a justiça, misericórdia e a fé. Ou seja, estavam dizimando e não ajudando o povo (justiça). Quando isso aconteceu? Quando a lei ainda estava sendo vigorada. Pois o próprio Jesus disse não estar anulando a lei, mas cumprindo-a, que foi até o calvário, como já dito. Pergunto eu onde podemos ter por base que Pedro, João, Tiago e Paulo compraram suas mansões? Seus cavalos importados? Essa é uma triste realidade, no mesmo lugar que há riso de poucos, há lágrimas de muitos, há fartura de mesas, cercadas de miséria e necessidades. Sustentado de ensino errôneo e interesseiro de "pastores" que se intitulam "homens de Deus', e não tem a coragem de ensinar o certo, o que está escrito no novo testamento, por temerem que seus rebanhos não consigam serem contribuintes voluntários e assim, perderem seu poder, domínio financeiro e suas reputações na sociedade moderna e capitalista na qual se deleitam em exibirem seus impérios motivados pelo orgulho e vaidade na presente era em que vivemos; a era de Laodicéia (Ap 3.14-22). Seria essa a proposta de Igreja de Cristo na terra? Seria isso que Jesus reservou para nós?


Pr. Aurelio Judice

Fonte: http://www.atos4.blogspot.com/
Via: Abençoando Vidas.

Nota: queridos irmãos, embora não concorde com  o Pr. Aurelio, resolvi colocar esta postagem em meu blog, para que os leitores entendam o comentário feito pelo Pr. Hudson Á respeito desta postagem, caso publicasse só a resposta, os amados leitores não iriam entender, portanto, não deixem de ler a ótima resposta do pastor Hudson, que irei postar em seguida.
Adriano Montes.

 DEUS abençoe á todos!!

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