terça-feira, 7 de agosto de 2012

Por que não gosto da obsessão das Igrejas por Ministérios/Departamentos.

Por Ariovaldo Jr.



Penso ser esta paranoia da Igreja em trabalhar com departamentos/ministérios algo preocupante. Prefiro ser conservador no que a Palavra aponta em Efésios 4:11, quando diz que “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores”. No que se refere a “ministérios”, menos é mais.

Mas hoje mutilamos famílias e a agenda das pessoas nessa obsessão de desenvolvemos as áreas de funcionamento da parte institucional da Igreja. Além, é claro, de haver um absurdo “plano de carreira” implacável para a vida dos cristãos.

Quando você era criança, havia o Ministério Infantil pra que você não atrapalhasse a ordem do culto.

Virou Adolescente? Ministério de Adolescentes (ou juniores) pra que não pense em namoro tão cedo. Nos tornamos especialistas em mutilar a sexualidade das pessoas através do isolamento. Como as crianças se tornarão adultos se não tiverem referências de HOMEM e MULHER? Lembrando que não existe na Bíblia sequer o conceito de “adolescente”. Isto foi algo inventado no século XX.

Jovens? Ministério que faz cultos aos sábados pra tentar impedir que você viva “no mundo”. Se aliviar demais a programação, pode acontecer de alguém aparecer grávida. Aí haverão pais e mães lamentando coisas do tipo “Ai meu Deus! Onde foi que eu errei???”.

Casou? Agora você foi transferido pro Ministério de Casais, que promovem jantares pra fazer DR coletivo, de preferência em lugares exóticos (e caros). De vez em quando rola um “beije sua esposa na frente de todo mundo”, pra fazer de conta que está tudo bem. Importante é os homens entenderem que a responsabilidade financeira é deles. E que a mulher deve se dedicar a ser uma esposa virtuosa e submissa (e que se dane a correta interpretação do que vem a ser virtuosidade e submissão no Reino de Deus).

Chegou aos 35 anos? Ou você é um bem sucedido membro do Ministério de Ensino (parabéns jovem pastor/presbítero), ou você é um pobre coitado que virou Diácono. Dizem que não há hierarquia, mas a prática não é beeeem assim. Se você não for nem diácono (ah, coitadinho… é só “membro” mesmo), então lhe resta ser aquele mané que é cobrado todo domingo com a pressão fora de contexto de Malaquias 3:10, sobre a responsabilidade que tem de sustentar as despesas financeiras dos templos, dos pastores e dos missionários que estão na Europa pregando pra jogadores de futebol que jogam no exterior. Repita comigo: DEUS ME DEU O DOM DE GANHAR DINHEIRO PRA OFERTAR E SUSTENTAR ESSA PALHAÇADA TODA.

Passou dos 50? Só lhe resta o Ministério de Oração. Afinal, que se dane os dons que Deus lhe deu e a experiência em outras áreas que obteve a vida toda servindo ao Reino. Afinal, você é velho e agora tem tempo pra ficar “intercedendo” pelas coisas que outros mais novos que você irão fazer. Velho que não ora de madrugada? Poser!

Liberta-nos Senhor deste sistema opressivo que criamos!

Fonte: http://www.ariovaldo.com.br/2012/por-que-nao-gosto-da-obsessao-das-igrejas-por-ministeriosdepartamentos/#more-1327

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