Homens armados abriram fogo em uma igreja evangélica do centro da Nigéria, matando ao menos 19 pessoas, no último episódio de violência entre comunidades a atingir o país mais populoso da África.
"O ataque, executado por homens armados, ocorreu ontem à noite às 20h20 (locais) contra a igreja 'Deeper Life Bible Chuch', onde é realizada a cerimônia religiosa de segunda-feira à noite. Constatamos no local dos incidentes a morte de 15 pessoas, entre elas o pastor da igreja", declarou o tenente-coronel Gabriel Olorunyomi, chefe da Força de Tarefa Conjunta (JTF) do estado de Kogi.
Quatro feridos morreram devido à gravidade de seus ferimentos, acrescentou o tenente-coronel Olorunyomi. Este ataque contra a igreja da cidade de Okena ainda não foi reivindicado. Um ataque com bomba contra outra igreja desta mesma cidade ocorreu no mês passado sem deixar vítimas.
O grupo islamita Boko Haram, cujos membros são, em sua maioria, provenientes do estado de Kogi, reivindicou dezenas de ataques contra igrejas no norte e no centro da Nigéria nos últimos meses, como parte de uma insurgência que matou centenas de pessoas.
Os membros deste grupo também atacam regularmente representantes do Estado, principalmente a polícia e o exército, e autoridades muçulmanas, acusadas de serem muito próximas da elite corrupta da Nigéria.
Em um vídeo colocado na internet no sábado, o suposto chefe do grupo islamita radical da Nigéria Boko Haram, Abubakar Shekau, classificou o presidente americano de "terrorista", após a decisão de Washington de colocá-lo na lista negra antiterrorista dos Estados Unidos.
Neste mesmo vídeo, o suposto chefe da Boko Haram pediu ao presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, para renunciar e se converter ao Islã. No domingo, o presidente Jonathan condenou a "chantagem" de Abubakar Shekau.
"Quando os nigerianos votaram em sua maioria pelo presidente Jonathan durante a eleição presidencial de 2011, eles sabiam que elegiam um cristão (...) e, como presidente, o senhor Jonathan é o líder dos cristãos e dos muçulmanos", declarou seu porta-voz.
A Nigéria, o país mais populoso e maior produtor de petróleo da África, está dividido entre um Norte de maioria muçulmana e um sul principalmente cristão.
Fonte: AFP
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