Infelizmente, muitos dos esforços em evangelizar com literatura são infrutíferos por causa da incapacidade ou desinteresse na leitura. O uso da literatura na evangelização deve ser precedido de uma avaliação das características da leitura das pessoas que se deseja evangelizar.
A literatura tem uma enorme importância na evangelização, afinal, a Bíblia chegou até nós porque foi escrita. Contudo, o uso da literatura é não é tão simples e uniforme em todas as situações de evangelização. As pessoas que devemos evangelizar se relacionam com a literatura de forma diversa:
Devemos lidar com pessoas que não sabem ler, os anafabetos e aquelas pessoas que estão inseridas em culturas orais. onde a escrita não é relevante. Há também as pessoas que não podem ler, por condições físicas como a cegueira, por condições socio-políticas como a escola de má qualidade que produz o analfabetismo funcional ou ainda por condições econômicas que não permitem o acesso à escola. Temos ainda a segunda oralidade e a oralidade alternativa em que a alta tecnologia a baixo custo diminuem e modificam a leitura, privilegiando meios eletrônicos para a informação, como o cinema, televisão, celulares, computadores etc.
Quando pensamos na evangelização com literatura, devemos pensar em todos esses públicos não leitores, porque eles compõem uma parcela muito significativa de qualquer público que desejemos alcançar. Nesse caso, há duas abordagens possíveis: segmentar o público para alcançar os não leitores com outros recursos de evangelização ou ensinar e estimular a leitura.
Uma avaliação fácil de fazer para prever o sucesso ou insucesso de qualquer projeto de evangelização com literatura é o interesse dos evangelizadores. Se quem está evangelizando não lê, nem percebe o valor da leitura, dificilmente saberá comunicá-lo às outras pessoas de modo que se interessem. Esse aspecto tem muita relevância, especialmente quando se sabe que cerca de 50,68% dos pastores e líderes nunca leram a Bíblia inteira pelo menos uma vez, conforme pesquisa feita pelo editor e jornalista da Abba Press & Sociedade bíblica Ibero- Americana Oswaldo Paião. A pesquisa entrevistou 1255 líderes de diversas denominações. O motivo mais alegado foi a falta de tempo.
Quando a opção é ensinar e motivar a leitura, podemos começar com os programas de alfabetização através das Escrituras, a promoção da leitura em Braile, o desenvolvimento de materiais atraentes e motivadores da leitura, como publicações em quadrinhos, as leituras coletivas, dramatização e musicalização de textos, concursos, debates, etc.
O material impresso tem um custo alto, especialmente no Brasil. As igrejas que procuram literatura gratuita terminam utilizando material de péssima qualidade, ou não valorizam bons materiais recebidos gratuitamente, mas que tiveram um alto custo para os doadores.
A evangelização com literatura deve fazer parte de um plano bem elaborado e precisa admitir algum custo. 1) Estude o público que deseja alcançar: suas necessidades e seus hábitos de leitura; 2) Defina a leitura ideal para alcançá-lo: o tipo, a qualidade, o texto, o conteúdo e o design que atraíra sua atenção; 3) Planeje como entregar o material e quem irá fazê-lo, de modo a produzir o máximo resultado possível. O uso da criatividade é decisivo
Em todos os casos, o evangelista deve se aperceber de que a leitura vai muito além da decodificação dos sinais do alfabeto. O leitor deve ser capaz de ler o contexto do texto e também o seu próprio ambiente, para que a leitura seja útil e frutífera.
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