De acordo com várias fontes de notícias árabes, na segunda-feira passada, o xeique Abdul Aziz bin Abdullah, o Grande Mufti* da Arábia Saudita, declarou que "é necessário destruir todas as igrejas da região"
O grão-mufti fez sua afirmação em resposta a uma pergunta feita por uma delegação do Kuwait, em relação à posição de um membro do parlamento do Kuwait, que recentemente pediu a "remoção" de igrejas (mais tarde "esclareceu", dizendo que ele apenas quis dizer que nenhuma igreja deveria ser construída no Kuwait). Assim, o Grande Mufti ", sublinhou que o Kuwait é parte da Península Arábica, e por isso é necessário destruir todas as igrejas desse país."
Assim como fizeram os muitos grandes muftis antes dele, o Sheikh baseou sua declaração na famosa tradição, ou hadith** , onde o profeta do Islã declarou em seu leito de morte que "Não deve haver duas religiões na Península (árabica)". Esta afirmação normalmente é interpretada como: O Islã é a unica religião que pode e deve ser praticada na região.
O Xeique Abdul Aziz bin Abdullah, não é apenas um muçulmano que odeia a Igreja. Ele é considerado o Grande Mufti da nação que traz ao mundo uma melhor compreensão sobre o Islã e suas leis. Além disso, ele é o presidente do Conselho Supremo dos Ulemas [estudiosos islâmicos] e presidente do Comitê Permanente para a Investigação Científica e emissão de fatwas (interpretações da lei islâmica-Sharia). Assim, quando se trata do que o Islã fala a respeito de determinados assuntos, suas palavras são muito respeitadas.
Para compreendermos um pouco o que sentem os muçulmanos ao ouvir tais palavras de seu líder religioso supremo, basta compararmos com a histeria que muitos ocidentais sentem quando são feitas ofenças ao Islã ou, por exemplo, se determinado pastor evangélico ou mesmo o Papa (motivados por sentimentos radicais) declararassem que todas as mesquitas em determinado país do ocidente fossem destruídas. Por outro lado, é claro, a mídia ociental não perdoaria a atitude de tais lideranças cristãs fazendo a elas pesadas críticas de intolerância e desrespeito aos direitos humanos.
No entanto, os grão-muftis (as mais altas autoridades sobre a lei islâmica) como o xeique Abdullah, da Arábia Saudita, estão livres de tais críiticas (tanto da mídia local quanto da internacional) e recebem passe livre quando incitam os muçulmanos a destruir igrejas, não que qualquer incitamento extra seja necessário para que isso aconteça, mas contribui bastante.
“A omissão dos principais meios de comunicação, universidades, e da maioria dos políticos ocidentais sobre o que a Igreja Cristã tem enfrentado nos países de maioria muçulmana, demonstra o quão voltado o ocidente está, para os seus próprios interesses”.
Matéria de Raymond Ibrahim - membro associado do Fórum do Oriente Médio
* O Mufti é um estudioso islâmico a quem é reconhecida a capacidade de interpretar a lei islâmica (Sharia), e a capacidade de emitir fatwas.
** Hadith é um conjunto de leis, lendas e histórias sobre a vida do profeta Maomé, (estas histórias em Árabe são denomidas de Sunnah) e seus próprios dizeres nos quais ele justificou as suas escolhas ou ofereceu conselhos.
FonteJihad Watch
TraduçãoMarcelo Peixoto
Via: http://www.portasabertas.org.br
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