Assustei-me, ontem, quando li no portal Gospel Hoje a notícia de que o novo vice-presidente do Conselho de Ética e Disciplina, pastor Nehemias Gaspar de Araújo, de Minas Gerais, nomeado pelo presidente da CGADB, pastor José Wellington Bezerra da Costa, sofre processo na justiça sob a acusação de pedofilia e improbidade administrativa (veja aqui), tendo sido já condenado em Grau de Segunda Instância, conforme informa a notícia.
Divulgada pelo site clic Betim em setembro do ano passado, a matéria deixa a Convenção Geral em situação constrangedora, em virtude de seus dirigentes fazerem vistas grossas para uma siituação grave como esta, enquanto não têm pejo algum em cometer toda sorte de arbitrarieades para condenar por mera razão política aqueles que divergem da administração.
Pela lógica, o pastor Nehemias não deveria nem mesmo ter sido candidato a 2° Tesoureiro, na eleição de abril, se a Comissão Eleitoral, por analogia, aplicasse o princípio da lei da "ficha limpa", que torna inelegível qualquer candidato a cargo eletivo condenado em Segunda Instância, mesmo que não tenha havido o trânsito em julgado. Mas os acordos políticos suplantam a ética, quando os interesses falam mais alto.
Aliás, foi esse Conselho de Ética e Disciplina, com a atual composição, que deu parecer favorável pela suspensão do pastor Ivan Bastos do cargo de 2° Tesoureiro, sem validade jurídica alguma, diga-se de passagem, por não terem os seus nomes sido homologados na AGO como determina o Estatuto. Ainda assim, ouve-se à boca pequena que o pastor Nehemias seria candidato a 1° Tesoureiro na AGE marcada para setembro, caso se consume o desligamento do pastor Ivan Bastos. Diz-se até que seria apoiado pelo pastor José Wellington, que teria retirado o apoio ao pastor Josias Almeida, também candidato.
Assustou-me ainda mais saber que outro membro do Conselho de Ética e Disciplina da CGADB, pastor Israel Alves Ferreira, enfrenta, também, diversos processos na justiça. Em um deles, está sendo processado por apropriação indébita previdenciária, ou seja, por haver descontado a previdência dos funcionários da igreja e não ter repassado o dinheiro ao INSS. Também figura no processo, como co-réu, o pastor Abiezer Apolinário da Silva, vice-líder da AD de Salvador, BA, e, surpresa... presidente da Comissão Jurídica da CGADB.
É por isso que fica impossível aplicar a chave-hermenêutica (v. 5) para se entender 1 Coríntios 6.1-5. Parece não haver nenhum sábio, na CGADB, capaz de julgar com equidade a causa entre os irmãos, já que a notória reputação e conduta, como determina o Estatuto, sem generalizar, não estão sendo levadas em consideração na hora da escolha dos nomes para compor órgãos de tamanha importância como o Conselho de Ética e Disciplina.
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