Conhecido como Druk-Yul ou "A Terra do Dragão Rugidor", o pequeno reino do Butão está localizado no alto da Cordilheira do Himalaia, em uma encosta seis mil metros abaixo das altas montanhas cobertas de neve que o separam do Tibete, uma das cinco regiões autônomas da China.No século XVII unifica o Butão com o apoio da seita Drukpa, tornando-se no primeiro Shabdrung do Butão, "aquele a cujos pés todos se prostram". Ele mandaria construir as mais importantes fortalezas do país que tinham como função suster as múltiplas invasões mongóis e tibetanas. O relato da época foi feito por Estêvão Cacella, o primeiro europeu a entrar no Butão. Este missionário jesuíta português, que viajou através dos Himalaias em 1626, encontrou-se com o Shabdrung Ngawang Namgyel e no fim de uma estadia de quase oito meses escreveu uma longa carta do Mosteiro Chagri relatando as suas viagens. Este é o único relato deste Shabdrung que resta. A partir do seu reinado estabeleceu-se um sistema político e religioso que vigoraria até 1907, em que o poder é administrado por duas entidades, uma temporal e outra religiosa, sob a supervisão do Shabdrung.
Apesar do espírito valente e guerreiro que os capacitou a manter sua independência e soberania ao longo dos anos, os butaneses são pacíficos e alegres.
A sociedade divide-se em três grupos: nobreza, camponeses e escravos (embora estes últimos tenham sido oficialmente libertados).
Política
O Butão é uma monarquia constitucional. O chefe religioso do Reino, o Je Khenpo, goza de uma importância quase idêntica à do rei.
Depois de um histórico discurso do rei Jigme Singye Wangchuck, no dia nacional, em dezembro de 2006, abdicando a favor do seu filho e anunciando a realização de eleições democráticas, os butaneses foram às urnas em 24 de março de 2008, terminando assim mais de um século de monarquia absoluta.
O Butão está em um período de transição entre a monarquia budista absoluta e a democracia multipartidária. Entretanto, muitos butaneses gostariam que o rei Jigme permanecesse no poder.
Segundo uma pesquisa feita em 2005 pelo Centro de Estudos do Butão, 68% da população está muito satisfeita com sua vida.
A primeira Constituição do país foi ratificada em julho de 2008. Ela é baseada em princípios budistas, e sua teologia se materializa na forma de um compromisso do Estado em maximizar "a felicidade geral da nação". Direitos e responsabilidades expressos na Constituição são provenientes, em sua maioria, da cultura budista.
Geografia
O Butão é uma nação muito montanhosa, de interior, situada na Ásia. Os picos do norte atingem mais de 7.000 m de altitude, e o ponto mais elevado é o Gangkhar Puensum, com 7.570 m, que nunca foi escalado. A parte sul do país tem menor altitude e contém vários vales férteis densamente florestados, que escoam para o rio Bramaputra, na Índia.A maioria da população vive nas terras altas centrais. A maior cidade do país, a capital Thimphu (população de 50.000 habitantes), situa-se na parte ocidental destas terras altas. O clima varia de tropical no sul a um clima de invernos frescos e verões quentes nos vales centrais, com invernos severos e verões frescos nos Himalaias. Montanhas pedregosas dominam o terreno e dificultam a construção de estradas e outros tipos de infraestrutura.
Religião
O lado religioso e espiritual do Butão está ligado ao vizinho Tibete, tanto teológica quanto historicamente. O budismo maaiana, introduzido no país no século VIII, é praticado por três quartos da população. Também chamado frequentemente de budismo tibetano, o budismo maaiana repudia Deus e se apoia no animismo e no ocultismo. Os demônios são tão familiares aos seguidores desse ramo do budismo quanto os mosteiros nos penhascos, as bandeiras de oração e outros instrumentos budistas.
O hinduísmo é praticado por um quarto da população, em sua maioria nepaleses.
O Butão permaneceu fechado ao cristianismo até 1965. Pelo testemunho fiel de cristãos no interior do país, e na fronteira com a Índia, o número de convertidos cresceu de forma considerável nos últimos 25 anos. Infelizmente, o aumento nas conversões trouxe restrições.
Em 1969, a Assembleia Nacional aprovou uma resolução que afirma que nenhuma outra religião além do budismo e o hinduísmo seria reconhecida no país. Uma década depois, ela aprovou a legislação que proíbe outras religiões de evangelizar, embora as atividades privadas sejam permitidas.
Infelizmente, desunião e desconfiança flagelam a Igreja butanesa. Há a formação de zonas de influência, e também existe suspeita entre os grupos das Igrejas. Alguns praticam o chamado "roubo de ovelhas", fazendo discípulos entre os que já são convertidos. Há grande necessidade de líderes treinados .
O governo pressiona os cristãos para que se convertam ao budismo. Aqueles que se recusam são discriminados, e passam por um tempo difícil quando têm seus documentos ou licenças retidos. As crianças cristãs também sofrem na escola por causa de sua fé. Além de ser marginalizada socialmente, a Igreja butanesa é alvo frequente da perseguição do governo.
Dados Gerais:
Capital: Timphu
Governo: Monarquia Absoluta
Idiomas: Zoncá,Tibetano e Dialetos Nepaleses
Área: 46.500 Km
População: 682,3 mil (11,1 % urbana)
Religião: Budismo, Hinduismo e Cristianismo
Motivos de Oração:
1-O primeiro-ministro expressou sua visão positiva sobre os direitos dos cristãos. Isso trouxe esperança aos líderes cristãos, que têm praticado a fé em completo silêncio por muitos anos.
Ore:
-Por eles, para que tenham mais liberdade, principalmente na zona rural.
2-A tradução da Bíblia em zoncá, idioma oficial, é difícil de encontrar.
Ore:
-Peça a Deus para mostrar aos cristãos butaneses maneiras de encontrar a sua cópia das Escrituras.
3-Os pastores e evangelistas pagam um alto preço. Eles continuam o trabalho apesar das ameaças, confiando que Deus pode proteger e libertar não só eles, mas também suas famílias. O batismo é alvo da maior perseguição devido ao seu caráter público.
Ore:
-Peça a Deus que fortaleça as igrejas de forma que resistam aos ataques.
Nenhum comentário:
Postar um comentário