Dispostos a apoiar a permanência do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) no comando da Comissão de Direitos Humanos, um grupo de 40 evangélicos lotou a sala da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara para cobrar a saída dos deputados José Genoino (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP).
Os dois petistas foram condenados no ano passado pelo Supremo Tribunal Federal pelos crimes do mensalão. Na semana passada, após ouvir pedidos de líderes partidários para deixar a presidência da comissão, Feliciano, em tom de ironia, disse que só renunciaria se os petistas deixassem a Comissão de Constituição e Justiça.
Mesmo sendo alvo de protestos e manifestações que o acusam de homofobia e racismo, Feliciano argumenta que foi eleito democraticamente e tem apoio para ficar no cargo. Ele nega as acusações de homofobia e racismo.
Na CCJ, os manifestantes estão sentados e com cartazes. Não há tumulto. Eles são da Assembleia de Deus do Gama, cidade próxima de Brasília.
Genoino, que estava na sala no início da sessão, deixou o local.
“Incoerente é Genoino e João Paulo estarem na CCJ. Nada é mais absurdo do que isso”, disse Carlos Almeida, vigilante, que participa do protesto.
Ele disse que vai tentar acompanhar a reunião da Comissão de Direitos Humanos, que teve as últimas reuniões marcadas por tumultos e confrontos entre manifestantes a favor e contra Feliciano.
O pastor deve pedir hoje ao comando da Câmara para novamente fechar a sala de reunião da comissão para o público. O colegiado vai realizar uma audiência pública para discutir questões indígenas.
Segundo assessores, desta vez ele quer evitar o tumulto de índios com os ativistas que pedem sua saída.
Ontem, cerca de cem índios invadiram o plenário da Câmara em protesto contra uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que transfere da União para o Congresso a atribuição de demarcar reservas indígenas.
(Fonte Folha.com)
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